quarta-feira, 20 de abril de 2011

Gente como agente

Eu acreditava que agente de turismo era como personagem do folclore, como o boitatá ou a mula-sem-cabeça - sabia que muitos já tinham visto, mas nem considerava a existência deles. Eu estava bem enganada.

O caso é que, sempre que eu telefonava em agências de turismo por um motivo ou outro - em geral, só pesquisando os preços praticados pra decidir mais tarde - era atendida por mocinhas displicentes, desmotivadas e meio desinformadas. Nunca sabiam direito se esse ou aquele hotel eram bem localizado, se existia vôo direto ou só com escalas, se era melhor alugar carro ou ir de trem. Ficava claro que o caso ali era vender pacotes, não guiar o viajante. Não tinham muito saco pra ser agentes.

Até que um dia, checando preços para férias no Nordeste, encontrei a Carol. Foi pura sorte, eu admito: liguei no PABX e a recepcionista passou para quem estava livre. Estava a Carol. A Carol, desde então, faz cotação pra todo canto que eu decido ir. Algumas vezes eu fecho com ela, outras vezes não. Ela sabe disso. E nós duas sabemos que, mesmo quando o preço dela não é o melhor, ainda há imensa chance de que eu assine com ela assim mesmo - porque a Carol cota preços muito rápido, conhece os destinos, sugere opções, faz tudo por escrito, dá descontinho quando pode. Ela facilita.

E o agente de viagem, desde que seja bom, pode quebrar galhíssimos ao preparar uma viagem. O agente, ao contrário de nós humanos, tem números mágicos que, se inseridos corretamente, acham vagas em aviões, acham tarifas promocionais e acham quartos de frente pro mar com o mesmo preço do quarto com frente pro muro. E, já no destino, mesmo por telefone, às vezes nos salvam de belas roubadas.

Um bom agente acaba ficando nosso chapa - e quando a gente indica o trabalho dele pra outros, ele ganha mais clientes e fica feliz. Porque agente bom tem clientes, não é um mero atendedor de telefone que cospe preços e depois te esquece.

Quando planejamos viajar com milhagem ou ficando em casa de amigos etc., muitas vezes o agente não faz diferença. Eu demorei a atentar pro trabalho deles por isso - passei muito tempo viajando com milhas e tal, e então era eu mesma minha agente. Mas quando entra em cena o pacote, ter um agente passa a ser vantagem (ainda que isso não deva isentar o bom viajante de pesquisar por conta, hein?).

Claro, isso se o agente for do tipo que pesquisa mesmo, que aceita reservar os hotéis que você mesmo pesquisou e achou bons, que é flexível e entende seu estilo de viajar. A Carol nem pergunta mais se eu quero meia pensão. Ela sabe que eu janto em hotel na boa e não arrasto criança cansada pra berrar em restaurante à noite.

Amanhã começa o feriado e eu acho que, se você ficou sem planos, custa nada ligar agora em umas agências,  fazer uns amigos e saber se rolam umas vaguinhas de última hora. Custa nada conhecer gente nova - ou agente nova.

6 comentários:

  1. É isso mesmo! e dou mil vivas à Mônica que - além de ter um nome lindo - é uma Agente com "A" maiúsculo, que já quebrou todos os galhos, descascou todos os abacaxis, segurou todas as ondas e economizou meu rico dinheirinho uma pá de vezes..

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  2. Tinha que ser Carol,não é mesmo! Ela faz com amor.

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  3. Flá, joga o contato da Carol na roda! :-D

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  4. Sei bem como é isso, Flá!
    Há dois anos eu não saio do estado ou do país sem ligar para o Super Júnior!

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  5. Jogando na roda o contato da Carol. Ela fica na Nascimento Turismo (que não me pagou nada por esse post, eu juro, podem olhar o extrato bancário). O telefone é (11) 3030-0500.

    Paulinha: já buscar um destino querido e telefonar pra agência, sim? Hop hop!!

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  6. Jogando o telefone da Carol na roda. A agência se chama Nascimento Turismo (que não me pagou nada pelo post, eu juro) e o telefone lá é (11) 3030-0500.

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