terça-feira, 29 de março de 2011

O que é que tem na mochila da mamãe

Vamos esclarecer bem: ter filhos não significa deixar de viajar, tá bom? Pode ser que a grande volta ao mundo num balão seja adiada e que não seja esse ano o melhor para subir os vulcões da Islândia ou percorrer a cavalo o deserto de Gobi. Mas depois de ter filhos, é possível sim manter aquele espírito de viajante. Basta investir um pouquinho mais em planejamento.

Organizar a ida de avião, por exemplo. A mala de mão terá que ser revista depois que a família aumentar - e provavelmente sairá de cena aquela bonita bolsa de couro chatíssima de carregar no antebraço e será a estréia de uma prática mochila. Mães precisam fazer a troca, porque é mais prático e seguro ter os braços livres em vez de dominados por bolsas bonitas e casacos chiquérrimos. Vai que o moleque dispara a correr pelo corredor do embarque, sabe como é...

A mochila para viagens aéreas com menos de 4 horas pode ser simples: um casaquinho leve para a matriarca, uma roupinha extra para a criança; mamadeira vazia e leite em pó num saquinho tipo zip (porque a mamadeira cheia vai causar problemas no raio-X); umas duas fraldas para os que ainda a usam; e o combo chupeta + ursinho (ou paninho ou qualquer coisinha de apego).

Para viagens longas, a mochila há de conter mais itens. Além dos descritos acima, é bom levar um gorrinho e uma mantinha leve para evitar que a cabine-geladeira de bordo cause resfriados. Consultando o pediatra, também é possível saber o que ele recomenda na questão dos remédios contra enjôos (que muitos usam para que a criança se acalme e durma) - e acrescentar à mochila "just in case". Também é importante levar um brinquedo qualquer, desde que nada com pecinhas minúsculas que vão desbarrancar avião afora. Para os maiores, revistas de atividades compradas ali no aeroporto mesmo costumam ser muito celebradas.

As crianças com mais de 4 anos gostam, aliás, de levar suas próprias mochilinhas - e ali é bacana armazenar algo que eles escolheram levar. Assim já vão aprendendo como ser viajantes descolados (e organizados) logo cedo.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Por toda Nova York

Nova York é sempre Nova York - e sempre, sempre um ímã para brasileiros em férias. Dar uma mordidinha na Grande Maçã é tão apetitoso para os turistas que muitos já estão na segunda, terceira, quarta visita. O caso é que brasileiros tendem a jogar na retranca quando se trata de reservar um hotel em Nova York.

Para quem estréia na cidade norte-americana, vá lá, faz sentido escolher uma hospedagem "no meio do caminho", na região central de Manhattan. Estar no ponto médio da ilha significa estar perto de muitas das atrações principais, da Broadway - e seus shows, e suas lojas, e aqueles painéis todos que rendem fotos - e estar relativamente próximo do Central Park, talvez o lugar mais bacana de NY. Mas existe vida além de Midtown.

O sul de Manhattan guarda hotéis preciosos, novos e modernos, chiques tipo boutique ou mais maneiros. Se hospedar na região do Village ou do Soho garante conhecer o estilo de vida menos caótico e mais cool de Nova York. Por ali estão o Mercer e o 60 Thompson, por exemplo, dois ótimos hotéis para quem quer curtir o clima dos bairros mais descolados.

Um pouquinho acima e ao lado do Village está o bairro chamado Meatpacking ("pacote de carne", o bairro que concentra diversos açougues e entrou na moda há alguns anos pelas mãos de filmes e séries de TV passados ali). Um bom exemplo de hospedagem divertidíssima no Meatpacking é The Jane Hotel, enfiado em um predinho de esquina com vista para o rio Hudson. Os quartos mais modestos, a ótimos preços, são como cabines de um barco - e o lobby é uma curtição à parte.

Nova York também viu nascer bons hotéis em bairros como Murray Hill, no leste da ilha de Manhattan, e Chelsea, mais perto do centro. São bons lugares para quem viaja em família e gosta de uma estadia mais sossegada, menos corrida, mais... mais família, ué.

E para quem já viu e reviu Manhattan e seus atrativos, arriscar atravessar as pontes dessa ilha também pode render excelentes surpresas. Williamsburg, ligado à ponte de mesmo nome, é um dos bairros mais aclamados dos últimos tempos, com dezenas de ótimos restaurantes - e os hotéis na cola. O Le Jolie, hotel-boutique, é um deles.

Mais abaixo, no Brooklyn de fato, quem quer dizer que realmente conhece um "algo a mais" de Nova York também pode fixar pouso. Especialmente em Brooklyn Heights estão ótimos hotéis, vida noturna divertida, lojinhas curiosas, excelentes cafés. Diversos hotéis de cadeia, como as redes Marriot, Hilton e Sheraton, perceberam o potencial do bairro há tempos e têm opções disponíveis.

Enfim, é questão de enfiar a cara no mapa e sair do lugar comum direto para um lugar mais inovador ao reservar seu próximo hotel em Nova York.


Por que não no Brooklyn?

quinta-feira, 3 de março de 2011

Tá com o passaporte em dia?

Se não estiver, serve só o RG. Serve só a carteira de motorista, aliás. Bom, a bem da verdade verdadeira, pra fazer turismo não precisa de qualquer documento, basta fazer a mala e ir - nem que seja pra ir logo ali, pertinho, curtir uma nova paisagem, uma comida diferente, um outro tipo de costume. Fazer turismo, para quem gosta de fazê-lo mesmo, é a coisa mais simples. No dicionário também se chama "viajar", mas a gente aqui não vai ficar com preconceito com a palavra "turismo" também. Somos turistas mesmo! Todos nós! Bastou juntar a trouxinha e rumar pra um lugar diferente na intenção de curti-lo - e quem sabe clicar uma fotos - já é turista.

Eu gosto tanto de ser turista que nem tenho medo de dizer que sou. Gosto de pagar mico pedindo um prato muito do esquisito (pra depois descobrir que a carne é de cavalo); gosto de bater perna até criar bolhas pra encontrar aquela igreja miúda que me indicaram; gosto de abrir o guia em plena esquina e escolher entre o museu X ou o parque Y. Não faço nem questão de parecer local. E tem coisa mais tonta que turista querendo parecer nativo? Tudo bem, a gente não precisa falar naquela outra língua quase aos gritos para pedir informações (afinal o povo de tal lugar não é surdo, tem apenas outra nacionalidade...). Mas tudo bem levar a garrafinha d'água em uma das mãos e a máquina fotográfica na outra. Faz parte.

Faço turismo com gosto e viajo com mais gosto ainda. É que eu viajo inclusive sem sair de casa, pesquisando futuros destinos, navegando na internet, voando sobre mapas. Aqui, o que eu quero é isso mesmo: te levar comigo pra viajar por aí, saber das novidades do mundo, conhecer dicas e detalhes de um ponto distante, comentar sobre manias, truques e invenções de quem viaja de coração aberto. O lugar é bom, já adianto: você vai sempre viajar comigo na janelinha (da internet, que seja), olhando tudo bem de perto.

Vamos nessa? Minha bagagem tá sempre pronta.